quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Kväll.

Tudo que nós precisamos é um ao outro. Não importa onde, quando, como; claro que aquela vez no carro foi um pouco desconfortável e qualquer um poderia ver que nós estávamos transando, mas mesmo assim, foi ótima. Sempre é ótimo. Sempre é quente, sempre é gostoso, sempre é confortável simplesmente porque somos nós, e nós fazemos qualquer situação ficar boa simplesmente porque estamos juntos e somos nós.

E nem precisa rolar sexo. Às vezes ele só pega na minha mão e já me deixa feliz por um dia inteiro. Às vezes ele está lá longe, mas eu o vejo, eu sei que ele está lá, e isso já me deixa confortável. Às vezes ele só olha pra mim, sorri pra mim, e eu já me sinto protegida. Às vezes me abraça, às vezes me deixo abraçar o corpo dele e deitar no peito dele, ouvindo seu coração batendo.

Mas na maior parte das vezes, ele me segura com força, muitas vezes me machuca, mas me faz sorrir. Muitas vezes ele sofreu me beijando. Muitas vezes prendeu meus pulsos juntos e disse palavras de ódio nos meus ouvidos, lembro que ele até chorou uma vez. Talvez porque ele sinta a angústia que eu sinto. Talvez ele consiga ler minha mente às vezes, mas para ele ver o que se passa na minha cabeça seria como ver um espelho, pois tudo lá remete a ele.

Às vezes nós acordamos juntos, deitados na mesma cama, completamente nus, e eu sinto o toque da pele crua dele na minha. Qualquer pedaço de pele meu se arrepia sob a voz dele. Qualquer beijo é como se fosse o primeiro e o último. Ah, quando ele me beija - o mundo poderia cair e eu simplesmente não daria a mínima. O beijo dele é tudo que me importa naquele momento, os braços dele me envolvendo, e de repente ele para, me olha e diz que eu sou tudo que ele sempre quis.

Mas é claro que a manhã chega e eu acordo, e tudo isso se dissolve.

Um comentário:

  1. E tu continues a escrever até que a última lufada de vida se esvaia de ti, porque olha: talento pouco é piada.

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